quinta-feira, 28 de abril de 2011

EXTINÇÃO DE ESPÉCIES BRASILEIRAS



Uma espécie ameaçada é uma espécie cujas populações estão decrescendo a ponto de colocá-la em risco de extinção. Muitos países têm legislação que protege estas espécies, proibindo a caça e protegendo seus habitats, mas essa legislação tem se demonstrado insuficiente para evitar que um número crescente de espécies deixe de existir, sem que se tenha notícia deste fato.  Entretanto o que podemos notar é que infelizmente o número de animais em extinção aumenta a cada dia que passa, onde muitas pessoas não percebem mais com atitudes incorretas com o meio ambiente colabora muito para tal desaparecimento.

Desmatar leva à destruição dos ecossistemas e à extinção das espécies que neles vivem. Calcula-se que desaparecem 100 espécies, a cada dia, por causa do desmatamento, e uma das causas também é a venda ilegal dos animais que acontece cada vez mais com freqüência, além de ser totalmente fora da lei isso contribui muito para o desaparecimento e a extinção de determinadas espécies.

Portanto, para que os animais não entrem na lista de extintos, o Ministério do Meio Ambiente do Brasil criou uma lista de animais que estão em vias de extinção. Essa lista é fundamental para que todas as pessoas saibam quais as espécies de animais que “mereçam um cuidado a mais”, a fim de continuarem existindo em nosso planeta. Seu nome oficial é “Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção”. Nela, é possível ver várias espécies de animais que correm o risco de extinção, desde animais vertebrados até os invertebrados.

O zoológico protege alguns desses animais. Quando você tiver a oportunidade de visitar o zoo, poderá ver esses animais e alertarem seus pais e parentes sobre a extinção. Além de ser uma aventura fantástica, você e seus parentes poderão aprender mais sobre os animais em extinção. E não se esqueça: a luta para que uma espécie não entre em extinção só depende de nós.

Os alunos percebendo a importância de se preservar e proteger os animais incluídos na lista de espécies ameaçadas de extinção confeccionou um álbum com ilustrações destes animais e um mega mapa mostrando os locais onde se encontra estes animais em extinção no Brasil.

Essa ação por parte dos alunos destaca a importância de que toda a comunidade escolar tenha acesso ao álbum e mapa, para ficarem em alerta sobre a situação dos animais e juntos ajudarem nessa luta contra a extinção da nossa fauna.


ÁLBUM DE FOTOS DE ANIMAIS EM EXTINÇÃO NO BRASIL


MAPA MOSTRANDO A LOCALIZAÇÃO DOS ANIMAIS EM EXTINÇÃO NO BRASIL











quinta-feira, 14 de abril de 2011

SESSÃO CINEMA...


Um bom vídeo é atraente para inserir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.




O BRASIL É O BICHO

Sinopse: O documentário mostra a biodiversidade brasileira e a interação entre a fauna silvestre e o homem. O filme leva o telespectador para uma fascinante viagem a um país desconhecido e selvagem. A história surpreende, pois mostra que, algumas vezes, os brasileiros desconhecem aquilo que de mais rico e singular possuem: a diversidade da vida selvagem. O roteiro, patrocinado pela mineradora Vale, é de Dener Giovanini, um dos mais conhecidos ambientalistas brasileiros.


AVATAR

Sinopse: Conta a história de Jake, ex-fuzileiro naval (Sam Worthington), um veterano de guerra paraplégico, que é levado em uma missão à Pandora uma lua orbitando o planeta gasoso Poliphemus em Alfa Centauri, um planeta habitado pelos Na’vi – uma raça humanóide que possui cultura e idioma próprios. Pandora é como a Terra, além da riqueza em biodiversidade, um planeta com formas de vida incríveis, densa vegetação e a civilização dos Na´vi, uma raça humanóide mais primitiva que a nossa, mas muito mais sábia. Eles podem ser guerreiros ferozes quando provocados, mas normalmente vivem pacificamente em suas florestas. Os humanos não podem respirar o ar de Pandora, então para que pudéssemos operar por lá foram criados híbridos humano - Na´Vi, chamados de Avatares. Eles são controlados por pilotos humanos, que projetam suas consciências nesses corpos, vivendo através deles. O que evidentemente entra em choque com os humanos da Terra.




RIO

Sinopse: O filme conta a história de uma arara azul chamada Blu. A ave cresce acreditando ser a última de sua espécie, até descobrir que há uma arara azul fêmea no Rio de Janeiro. Com a missão de impedir a extinção de sua espécie, Blu é obrigado a deixar o conforto de sua gaiola em Minnesota, onde é criado como um animal de estimação, para se aventurar em uma cidade totalmente estranha. Acontece que o problema só aumenta quando Blu conhece Jewel, uma ave independente e feminista que não tem a menor intenção de facilitar a sua tarefa. Na cidade maravilhosa, as araras acabam embarcando em uma grande aventura onde conhecem a coragem, a amizade e o amor.
Além da tecnologia 3D, o longa conta com a brilhante direção de Carlos Saldanha, premiado cineasta brasileiro que também dirigiu grandes sucessos como a Era do Gelo 2. O cenário também é muito convidativo, já que todos os detalhes dão a paisagem um ar ainda mais real.
Um filme divertido, com uma série de animaizinhos irreverentes e uma questão séria perfeitamente abordada: a extinção das araras azuis e retrata "bem realisticamente" a questão do tráfico de animais. "Mostra como os bichos são acondicionados de forma precária pelos traficantes. O mercado ilegal de animais silvestres é muito forte no Brasil e só fica atrás do mercado de armas e de drogas. De cada dez aves capturadas na natureza, só uma sobrevive", diz ela, que ajudou a comparar características dos principais personagens do filme com espécies da vida real. Com certeza Rio é um daqueles filmes que dão aquele orgulho de ser brasileiro, tanto pela produção quanto pela história. Nele o Rio de Janeiro  é retratado como nós conhecemos, uma cidade maravilhosa. Eu recomendo!






segunda-feira, 11 de abril de 2011

CONHECENDO OS ANIMAIS...


ONÇA PINTADA: é o maior felino do continente americano, encontrada principalmente nas regiões ao sul dos Estados Unidos, México, América Central e América do Sul. No Brasil, o animal habita as florestas úmidas às margens de rios e ambiente campestres na Amazônia, Pantanal até os Pampas Gaúchos. Também chamada de jaguar, tem hábitos noturnos e um comportamento solitário e territorialista. Mesmo chegando a pesar 150 kg e medir 2,5 metros, a onça se movimenta com agilidade, aproximando-se silenciosamente da presa e saltando sobre seu dorso. É dessa característica que surgiu o nome jaguar ou jaguara cujo significado no dialeto tupi-guarani é "o que mata com um salto". Outra peculiaridade deste animal é sua facilidade em nadar e escalar, facilitando na caça de alimentos.
A pele da onça-pintada já foi muito procurada pelo comércio ilegal por possuir um alto valor no mercado externo, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Essa foi uma das principais causas do risco de extinção do animal. A destruição de seus habitat naturais também é outro fator que auxilia no rápido declínio da espécie. As atividades agrícolas, madeireiras e de colonização interferem no equilíbrio das áreas ocupadas originalmente por elas, fazendo com que procurem outros lugares onde possam se alimentar. Assim, passam a representar um risco às áreas onde a pecuário predomina, pois caçam o rebanho doméstico, sendo exterminadas pelos fazendeiros locais.

CERVO-DO-PANTANAL: é o maior cervídeo da América do Sul. Vive em campos periodicamente inundados como várzeas, áreas brejosas e savanas inundáveis. Durante muitos anos foi procurado como "troféu de caça", pois possui um porte elegante e uma haste que alcança 60 cm de altura. Ultimamente a caça desta espécie vem diminuindo devido a sua raridade de aparição e ocorrência em área de difícil acesso. É um herbívoro considerado pastador/podador. Alimenta-se de arbustos e possui uma membrana na fenda dos cascos, que os une, possibilitando uma adaptação para caminhar em solos encharcados. Os cascos desse animal podem ficar completamente abertos unidos por esta membrana que evita que eles afundem no lodo. Possui uma galhada bifurcada, com cinco pontas em cada haste. São animais ariscos que se escondem durante o dia. À noite, andam em grupos de cinco em busca de alimentos como capim, junco e plantas aquáticas.
A distribuição original abrangia áreas pantanosas ou inundáveis do sudeste do Peru, Paraguai, Bolívia, nordeste da Argentina, e possivelmente o noroeste do Uruguai. No Brasil, distribuíram-se nos estados de Rondônia, Amazonas, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, no norte do estado de Minas Gerais (bacia do rio São Francisco) e na região sul do Brasil. Como o nome sugere, os habitat que o cervo-do-pantanal utiliza estão restritos a áreas inundáveis, como várzeas de rios, banhados, savanas e campinas sazonalmente inundada.


ARARA-AZUL: se destaca nesse cenário por sua beleza e por ser o maior dos psitacídeos existentes, chegando a medir um metro da ponta do bico à ponta da cauda, com peso de 1,5 kg. Desde o século XVI as araras são muito procuradas como bichos de estimação e, antigamente, possuir uma arara era sinal de grande riqueza. Existem 18 espécies de arara, todas com bico forte, língua carnosa e cauda longa em forma de espada. O bico forte permite que elas escavem o tronco das árvores para comer larvas de insetos. Cerca de 5 mil araras-azuis ainda são encontradas no Pantanal. A arara-azul-grande possui bico negro, aparentemente maior que o próprio crânio. A plumagem é de um azul profundo, parecendo negra quando distantes. A língua é negra com um tarja amarela longitudinal. Sempre em pares ou famílias, esta espécie dificilmente é vista sozinha na natureza. Vivem em formações vegetais nas margens dos rios e nos cerrados. Fazem ninhos em árvores e nos buritis, e dividem todas as tarefas de cuidar dos filhotes.
A captura ilegal de espécies protegidas para atender ao comércio nacional e internacional e a ocupação de seu habitat pela agricultura e pecuária têm provocado a morte de milhares de aves todos os anos. Contribui para a limitação da espécie o fato de que 95% dos ninhos, no Pantanal, localizam-se em um único tipo de árvore, os troncos de manduvi. Estimativas da rede TRAFFIC - organização internacional que monitora o comércio mundial de animais e plantas silvestres - apontam para um comércio ilícito com faturamento anual de US$ 10 bilhões. Cerca de 800 mil psitacídeos são vendidos ilegalmente por ano no mercado mundial. No Brasil, um projeto de conservação da arara-azul já rendeu frutos. Hoje já é possível vê-la novamente em bandos em algumas regiões do Mato Grosso do Sul.
Fonte:
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT711579-1655-1,00.html

PEIXE-BOI: vacas-marinhas ou manatis constituem uma designação comum aos mamíferosaquáticos, sirênios, como os dugongos, mas da família dos triquequídeos (Trichechidae). Possuem um grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao das morsas. O peixe-boi-marinho(Trichechus manatus) pode medir até quatro metros e pesar 800 quilos, enquanto o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) é menor e atinge 2,5 metros e pode pesar até 300 quilos. Habitam geralmente em águas costeiras e estuarinas quentes e rasas e pântanos, enquanto o peixe-boi-da-amazônia habita apenas em águas doces das bacias dos rios Amazonase Orinoco. A Flórida é a localização mais ao norte onde vivem, pois a sua baixa taxa metabólica torna-se difícil no frio e não sobrevivem abaixo dos 15 °C. Existem três espécies de peixe-boi: Peixe-boi-africano (Trichechus senegalensis), vive no Atlântico, habita as águas doces e costeiras do oeste da África,Peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), também conhecidos como manatis, tem ampla distribuição nas Américas, indo desde o México, os Estados Unidos, vivendo nas ilhas da América Central, na Colômbia,Venezuela, nas Guianas, no Surinamee no Brasil, e Peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis), são animais fluviais e vivem nas bacias dos rios Amazonase Orinoco. Uma quarta espécie, o peixe-boi-anão (T. bernhardi) foi encontrada no Brasil embora alguns puser em dúvida a sua validade supondo que seja um peixe-boi amazônico imaturo.
No Brasil, o peixe-boi-marinho habitava do Espírito Santo ao Amapá, porém devido à caça, desapareceu da costa do Espírito Santo, Bahia e Sergipe. Os peixes-bois vivem tanto em água salgada quanto em água doce. O peixe-boi amazônico só existe na bacia do rio Amazonasno Brasil e Peru, e no rio Orinocona Venezuela, e vive apenas em água doce. Todas as espécies encontram-se ameaçadas de extinção e estão protegidas por leis ambientais em diversas partes do mundo. No Brasil, o peixe-boi é protegido por lei desde 1967 e a caça e a comercialização de produtos derivados do peixe-boi é crime que pode levar o infrator a até dois anos de prisão. São animais de hábitos solitários, raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento. São animais muito mansos e, por este motivo, são facilmente caçados e se encontram em risco de extinção.

SURUCUCU: é uma das maiores serpentes venenosas do mundo. Pertence à família dos Critalídeos, mas sua cauda não tem guizos, como a da cascavel. O naturalista sueco Lineu denominou-a "crótalo mudo", e o adjetivo passou para seu nome latino. Mas na realidade a cauda desse animal termina numa espinha córnea, que denuncia a sua presença quando ele passa no meio dos arbustos. É encontrada em florestas tropicais úmidas da América Central e do Sul. Seu corpo é marrom-escuros contornados de verde amarelado.
A surucucu caça à noite, principalmente roedores. Como a maioria dos crótalos, ela é dotada de fosseta loreal entre o olho e a narina; são orifícios com o fundo revestido por uma membrana sensível a pequenas variações de temperatura. Ao mesmo tempo, ela possui uma cobertura móvel que lhe permite localizar a fonte de calor. A surucucu caça principalmente animais de temperatura constante, pois pode seguir sua pista não só pelo odor como também pela "trilha quente! que eles vão deixando atrás de si. Ao contrário dos outros crótalos, a fêmea não dá à luz filhotes vivos, mas põe ovos.

MACACO-ARANHA: o nome desse macaco casa perfeitamente com ele. Quando trepa em uma árvore, movendo, com grande rapidez, seus membros compridos, esse macaco americano lembra uma aranha na sua teia. Ainda mais impressionante é o fato de usar, para isso, não apenas os quatro membros, mas também a cauda. Esta é preênsil, pode enrolar-se e desenrolar-se a fim de segurá-lo ou para pegar pequenos objetos. O macaco-aranha prefere mesmo usá-la em lugar das mãos. Se você lhe der algo para comer, ele o pega com a cauda, como faria em elefante com a tromba. Os macacos-aranhas vivem em bandos nas florestas da Amazônia. Gostam dos ramos altos e raramente são vistos no solo.
No topo das árvores encontram seu alimento (principalmente frutos e folhas); e ali dormem em grupos de dois ou três, presos uns aos outros pelas caudas. Os filhotes nascem em qualquer época do ano. Durante os primeiros quatro meses, dependuram-se na barriga da mãe. Depois passam para as costas dela. Quais são os principais inimigos do macaco-aranha? Em primeiro lugar os carnívoros, como a onça; depois o homem, que está acabando com a floresta amazônica onde eles vivem com isso, levando esses lindos animais a entrarem em extinção.

PIRARUCU: é um dos maiores peixes de água doce do planeta. Nativo da Amazônia, ele promove benefícios para o ecossistema e comunidades que vivem da pesca. Seu nome vem de dois termos indígenas pira, "peixe", e urucum, "vermelho", devido à cor de sua cauda. Por ser um peixe de grandes dimensões, o comprimento quando adulto costuma variar de dois a três metros, e o peso, de 100 a 200 kg. Possui dois aparelhos respiratórios, as brânquias, para a respiração aquática, e a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão na respiração aérea. A espécie vive em lagos e rios afluentes, de águas claras, com temperaturas que variam de 24° a 37°C. O pirarucu não é encontrado em lugares com fortes correntezas ou em águas com sedimentos. Com o aumento da pesca comercial nas últimas décadas, os estoques pesqueiros vêm sofrendo uma pressão cada vez mais intensa. Isso gera impacto nas populações das principais espécies comerciais, como o pirarucu. A espécie corre risco de extinção devido à pesca predatória praticada ao longo de muitos anos. A reprodução natural do peixe é insuficiente para repor o número de pirarucus pescados.
A exploração não sustentável fez com que o IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - criasse em 2004 uma Instrução Normativa que regulamenta a pesca do pirarucu na Amazônia, proibindo-a em alguns meses do ano e estabelecendo tamanhos mínimos para pesca e comercialização da espécie. O comprimento do pirarucu adulto costuma variar de 2 a 3 metros, e o peso, de 100 a 200 Kg.

FLAMINGO: as aves da família dos flamingos são grandes em todas as espécies e de sexos semelhantes (a fêmea é um pouco menor). São aquáticas, com o pescoço e as pernas longas, as asas grandes e a cauda curta. A face é nua, tendo o bico curvado para baixo na metade do seu comprimento, em ângulo abrupto. Dentre todas as aves, é a única que apresenta esse formato. Sua coloração geral é rosa, sendo mais carregado nas coberteiras alares (penas que cobrem as asas), que contrastam com as rêmiges (penas de vôo) primárias e secundárias negras. As pernas e pés são vermelhos e o bico é amarelado com a parte terminal negra. O formato e tamanho do bico estão adaptados para bombeá-lo e filtrar a água que carrega seu alimento. Assim coloca o bico na água, de forma que a parte terminal fica imersa e a língua trabalha como um êmbolo, para reter o que deseja. Sua dieta compõe-se de plâncton, rico em espécies, como algas, vermes anelídeos, insetos, moluscos, crustáceos, larvas, etc.
A coloração vermelha da plumagem é consequência da alimentação rica em carotenóides. Segundo Helmut Sick, ocorrem desde o norte do continente americano Antilhas até o Amapá, no norte do Brasil, onde se reproduz. O site www.ambientebrasil.com.br também cita Bahia, Ceará, Pará, Sergipe e Sudeste do País. No Brasil, a espécie encontra-se ameaçada de extinção na última área em que ainda é encontrada, o Estado do Amapá, devido ao estabelecimento de plantações de arroz na região das lagunas, às salinas ao longo da costa, à caça predatória e à captura de seus ovos.

ARARINHA-AZUL: ou arara-de-Spix é uma arara restrita ao extremo Norte do estado brasileiro da Bahia ao Sul do rio São Francisco. Tal espécie chega a medir até 57 cm de comprimento, com plumagem azul, com asas e cauda muito longas e mais escuras, bico negro com grande dente maxilar e íris amarelo-mostarda. Está seriamente ameaçada de extinção, tendo somente 87 exemplares desta espécie. Também é conhecida pelos nomes de arara-celeste, arara-do-nordeste e arara-spixi. Seu nome específico é uma homenagem ao naturalista alemão Johann Baptiste Von Spix. É uma espécie que só existe na região do Nordeste brasileiro, em especial nos estados da Bahia, Piauí e Maranhão e áreas úmidas do sertão, onde riachos temporários permitem a existência de árvores mais altas, característica típica da região, no extremo norte da Bahia ao sul do Rio São Francisco.
O maior responsável pelo desaparecimento desta ave é o homem devido ao intenso tráfico. Os compradores são atraídos pela sua bela cor azul e principalmente pela ganância de possuir uma espécie tão rara. Um exemplar da ararinha-azul chega a custar no mercado negro milhares de dólares. Atualmente existem apenas 87 exemplares da ararinha-azul no mundo, o que a torna uma das mais raras espécies vivas. Destes, apenas oito podem ser encontrados no Brasil, sendo que dois estão no zoológico de São Paulo. Apesar de ser um casal, as ararinhas-azuis do Zoológico de São Paulo nunca tiveram filhotes.

URUBU-REI: é uma ave da família Cathartidae. Habitante de zonas tropicais a semi-tropicais, desde o México à República da Argentina, e em todo o Brasil, onde sua caça é proibida, pois é considerada uma ave importante na limpeza do meio ambiente, quando muitos animais são exterminados por doença, o urubu ajuda a controlar a epidemia comendo os animais mortos e agonizantes. Têm cabeça e pescoço nus, pintados de vermelho, amarelo e alaranjado, a parte superior do corpo amarelo-clara, esbranquiçada, asas e cauda pretas, o lado inferior branco, com plumagem branca e negra. Possui uma envergadura de 2 metros e peso que oscila de 3 a 5 kg, medindo cerca de 90 cm de comprimento. Na natureza tem poucos predadores naturais, mas, devido à baixa reprodutividade da espécie e à degradação do seu habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar. Também é conhecido como corvo-branco, urubu-real, urubu-branco, urubutinga, urubu-rubixá e iriburubixá. É vulnerável à extinção, pois é o único urubu brasileiro que é afetado pela destruição de seu habitat, além de ser capturado para tráfico de animais por sua beleza, e ser captura para ser exposto como troféu. Possui uma distribuição abrangente, que vai de toda a América Latina até ao sul do México. Habita florestas, mas principalmente áreas de Cerrado. Embora presente em todo a República Federativa do Brasil, é mais comum nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Encontrado também do México à Colômbia, Bolívia, Peru, norte da Argentina e Uruguai. Habita regiões de florestas com clareiras (campos, pastagens) distantes de centros urbanos, nunca é encontrado em regiões desérticas.

TATU-CANASTRA: é o maior das espécies, pode ser visto em toda a América do Sul, desde a Venezuela e Guianas até a Argentina. No Brasil, pode ser visto na Floresta Amazônica e no Planalto Central, como no Parque Nacional das Emas em Goiás. Animais de hábitos noturnos. Mamífero, desdentado, é o gigante dos tatus e vive em pequenos bandos. É o maior e mais raro dos tatus vivos e é um bicho que só briga quando inevitável. Por causa de sua carne saborosa e armadura resistente, hoje é raríssimo nas diversas regiões brasileiras onde ocorria. Come vermes, insetos, larvas, aranhas, cobras e principalmente cupins. O adulto pesa cerca de 60 kg, é um animal muito grande e pesado, por isso muito caçado. A gestação dura de 10 a 11 meses. A fêmea tem um ou dois filhotes cada vez que dá à luz. Quando é incomodado, o tatu-canastra deita no chão com a barriga para cima e tenta se defender com as patas anteriores. Para escapar do perigo, é capaz de se enterrar em poucos minutos. Para evitar a extinção do tatu-canastra é preciso proteger os ambientes em que ele vive e também realizar estudos para se conhecer melhor os hábitos dessa espécie brasileira.

TAMANDUÁ-BANDEIRA: vive em florestas e cerrados, das Américas Central e do Sul, inclusive no Brasil. É a maior espécie dentro do grupo, pesando até 40 kg. É um animal facilmente reconhecível devido a sua cauda de pêlos longos e densos, que tem a forma de uma bandeira e que, às vezes, pode ser do mesmo tamanho do corpo. Quando anda, tem sempre o focinho próximo ao chão para farejar alimento, e as mãos tocam o chão de lado por causa de suas longas unhas que são voltadas para dentro. Para dormir, procura por um local seguro, onde se deita com a cabeça entre as pernas e com a cauda cobrindo todo o corpo e a cabeça, de forma que, entre as folhagens da mesma cor de seus pêlos, fica quase imperceptível. Seu focinho e sua língua afilados, o ajudam a capturar seu alimento preferido, os cupins. Podem comer 30.000 cupins num único dia. Além dos cupins e formigas, alimentam-se também de ovos, larvas de insetos e frutas.
É um animal ameaçado de extinção, principalmente pelo homem. Com o crescimento da população humana e o avanço da agropecuária no Cerrado, o habitat natural desse animal está sendo destruído. A caça também reduziu significativamente sua população. As queimadas criminosas também são fatais ao tamanduá-bandeira, pois seu pêlo é altamente inflamável.

JABUTI: são encontradas duas espécies de jabuti nas matas brasileiras, que residem desde o nordeste (subespécie) até ao sudeste: jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria) pode ser encontrado pelo Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Gênero feminino Jabota e jabuti-tinga (Chelonoidis denticulada), menos comum, pois só existe na região amazônica (florestas densas). São animais que possuem casco convexo — carapaça bem arqueada — e pernas grossas. A carapaça é uma estrutura óssea formada pelas vértebras do tórax e pelas costelas. Funciona como uma caixa protetora na qual o animal se recolhe quando molestado. É revestido por escudos (placas) córneas. Os jabutis podem chegar aos 70 cm de comprimento aos 80 anos — aproximadamente o seu tempo de vida, mas também podem atingir os 100 anos. Este animal é protegido pelo IBAMA e esta na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção publicada (Portaria no 1.522, de 19 de dezembro de 1989). Como todos os animais silvestres, requerem autorização especial do IBAMA para serem criados em cativeiro.

JACARÉ-DE-PAPO-AMARELO: esta espécie de jacaré habitava rios, lagos e brejos próximos ao mar, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e na Bacia do Rio Paraná, chegando até o Pantanal. Hoje, encontra-se em perigo de extinção por causa dos seguintes fatores: Poluição de rios e lagos por esgotos, agrotóxicos e metais pesados; Assoreamento de rios, aterramento de lagoas, drenagem dos brejos; Devastação da restinga pela exploração imobiliária; caça, pois sua carne é muito saborosa e sua pele para calçados e vestimentas. Os jacarés são ecologicamente importantes porque fazem o controle biológico de outras espécies animais ao se alimentarem daqueles indivíduos mais fracos, velhos e doentes, que não conseguem escapar de seu ataque. Também controla a população de insetos e dos gastrópodes (caramujos) transmissores de doenças como a esquistossomose (barriga-d'água). Suas fezes servem de alimento a peixes e a outros seres vivos aquáticos.
O jacaré-de-papo-amarelo é um jacaré típico da América do Sul distribuído no litoral do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. A espécie habita as florestas tropicais, preferindo áreas de baixada, com suas lagoas, lagos e rios. É um animal carnívoro que vive aproximadamente 50 anos.

MICO-LEÃO-DA-CARA-DOURADA: conhecido pelo mundo científico como Leontopithecus chrysomelas, esta linda espécie da família Calithricidae, o mico leão de cara dourada possui a pelagem caracteristicamente preta em todo o corpo e somente a cara possui um tom de dourado, chega a serem um amarelo ouro misturado com bronze, as mãos, os pés, a cauda e as nádegas também possui este tom de dourado. O tamanho varia de 20 a 50 cm, já a cauda de 25 a 40 cm. O mico leão de cara dourada é uma das espécies que se encontra na lista em extinção.
A preservação do meio ambiente é muito importante para a vida deste animalzinho, pois há poucos deles distribuídos na mata atlântica e no sul da Bahia. Há quem pense que eles não são importantes para o meio ambiente, mas são sim, pois eles ajudam a manter o ecossistema em ordem, pois se alimentam de diversos insetos diferentes, assim como de pequenos animais como rãs, diversas frutas, flores que possuam muito néctar e a seiva de algumas arvores. Sua ameaça se dá ao desmatamento e destruição incontrolada de seu habitat natural e das capturas ilegais para venda como animais domésticos.

TARTARUGA: as tartarugas marinhas são sem duvida um dos répteis mais ameaçados de extinção em todo o Brasil, e que logo irão sumir do planeta se nada for feito para protegê-las e fizer com que consigam se reproduzir em grande quantidade. As tartarugas marinhas estão em extinção devido ao grande período de caça que aconteceu a esse pobre animal, que tem a carne muito apreciada, e tida como iguaria, porém hoje em dia é proibida a caça das tartarugas, mas já é tarde, pois poucas restaram. O IBAMA e o Projeto TAMAR são os que mais procuram resgatar as pequenas tartarugas marinhas, que agora são símbolo do Brasil, mas pouco se pode fazer contra a força da natureza, principalmente quando ela é influenciada pelo homem.

PREGUIÇA-DE-COLEIRA: endêmica da Mata Atlântica, hoje ela é encontrada em regiões de matas remanescentes em Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Na contrapartida da lentidão de seus movimentos, a preguiça-de-coleira tem a camuflagem a seu favor: sabe se esconder como poucos. Foi graças a isso que conseguiu sobreviver até aqui. Mas hoje o seu principal predador, longe da harpia, do gavião de penacho, dos felinos e de algumas serpentes, é o homem que está em primeiro lugar nesta lista, que a caça e a comercializa sem perdão. Este animal é vendido em feiras livres, nas margens de rodovias (isso quando não são atropelados na tentativa de chegar ao outro lado das matas fragmentadas). Não é à toa que ela reluta em descer das árvores. Prefere nadar mil vezes, já que na água é extremamente rápida.
A preguiça-de-coleira é essencialmente um bicho solitário, silencioso e que come muito pouco (essencialmente folhas). Há preguiças que morrem de fome (sobretudo em cativeiro), mesmo estando de barriga cheia: não conseguem digeri-las ou se adaptar à dieta imposta. Até por isso, dificilmente passa de 10 quilos e de 90 centímetros.

MICO-LEÃO-DOURADO: é o símbolo da luta pela preservação das espécies brasileiras ameaçadas de extinção. Medindo até 60 centímetros e pesando 600 gramas, este pequeno primata é um dos mais raros do mundo. Normalmente agitados, os micos-leões estão sempre pulando de um galho para outro, normalmente à procura de alimento ou tentando defender o seu território no que ainda resta de Mata Atlântica no Rio, São Paulo e Bahia. Eles vivem em grupos de cinco ou seis animais. Cada grupo adota uma pequena área da mata, que pode chegar a 40 hectares, para dormir e procurar frutas, néctar e insetos para comer. Animal monógamo, uma vez formado o casal, mantém-se fiel. Entre os Micos-leões, o recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno. Depois disso, o pai o carrega, cuida dele, o limpa e o penteia. A mãe só se aproxima na hora da mamada.
A Mata Atlântica, habitat do mico-leão, é o segundo ecossistema florestal mais ameaçado do planeta. Originalmente, cobria cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados, mas o desenvolvimento urbano ao longo da costa, a agricultura no interior e as queimadas destruíram boa parte das florestas originais. As remanescentes não passam de 7% da cobertura inicial. Além do desmatamento, a caça e comércio ilegal causaram a redução drástica das populações de Mico leões durante os últimos 50 anos. Estimativas de população atuais são aproximadamente 1000 para o mico-leão-dourado, 6.000 a 15.500 para o mico-leão-da-cara-dourada, 1000 para o mico-leão-preto e somente 400 para o mico-leão-da-cara-preta.

GAVIÃO-REAL: mais poderosa predadora entre as aves de rapina do mundo, o gavião-real ou harpia é a maior ave de rapina da América do Sul, possuindo porte majestoso e imponente. Pode medir de 50 a 90 cm de altura, cerca de 110 cm de comprimento e possui 2 m de envergadura. O macho pode pesar de 4 a 4,5 Kg e a fêmea de 6 a 9 Kg. Suas asas são largas e redondas, as pernas curtas e grossas e os dedos extremamente fortes com enormes garras. A cabeça é cinza, o papo e a nuca negros. Uma harpia adulta carrega um animal de mais de 10 quilos. Suas garras são tão poderosas (a unha chega a medir 7 centímetros) e sua força tão grande, que ela consegue, em pleno vôo, arrancar uma preguiça da árvore. Pode viver até 40 anos. Florestas tropicais altas e densas.
Na Mata Atlântica a população está em declínio, mas sua maior ocorrência é na Amazônia. Do México a Bolívia, Argentina e Brasil. Hoje ainda sobrevive em alguns estados do Nordeste, em Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, e nos estados do Sul. Ameaçada de extinção. Atualmente encontra-se praticamente restrita à Floresta Amazônica, devido à caça indiscriminada pelo homem, destruição do habitat e o tráfico de animais.

LOBO-GUARÁ: o maior canídeo da América do Sul era originalmente encontrado desde o norte da Argentina até o limite com a Amazônia, no sentido norte-sul, e da Bolívia até o sertão de Pernambuco. Hoje, sua população está restrita às áreas protegidas ou afastadas do Cerrado brasileiro e às áreas inóspitas do Chaco, na Bolívia e Paraguai. Pesa entre 20 e 30 kg, tendo entre 1,45 e 1,90 m de comprimento total e 80 cm de altura do chão à cernelha. Ocupa regiões de campos e cerrados onde a vegetação arbórea não é densa. Menos frequentemente é encontrado em regiões alagadas ou de maior altitude. São animais territorialistas e ocupam cada casal, entre 25 e 30 km2 dependendo da existência de alimento na área e sua distribuição. Animal solitário, se junta no máximo aos pares. Embora o casal ocupe o mesmo espaço, as interações são raras, ocorrendo apenas na época de reprodução.
É uma espécie ameaçada de extinção devido à redução de seu habitat, à caça generalizada e às queimadas. No Brasil, restam apenas alguns milhares de espécimes nas planícies de Mato Grosso. Foi extinto no Uruguai no século dezenove. É classificada pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) como espécie vulnerável e pelo IBAMA, como ameaçada de extinção.

ANTA: ou tapir, maior mamífero da América do Sul, é, no entanto muito menor que seus parentes da África e da Ásia. Teorias recentes buscam a explicação para este fenômeno na última glaciação, quando a América teria secado demais para permitir a sobrevivência de animais de grande porte. A anta brasileira pertence à espécie Tapirus terrestris. Mede 1,10 m de altura e 2,20 (a fêmea) ou 2 m (o macho) de comprimento. Pesa cerca de 250 kg. Ocorre na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pantanal. O T. terrestris é encontrado também na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela - ou seja, toda a América do Sul exceto Uruguai e Chile. Segundo a Lista Vermelha da IUCN seu estado de conservação é "vulnerável" (VU), mas a anta se encontra "criticamente ameaçada" (CR) em alguns estados brasileiros, como Paraná e Minas Gerais. O tipo de ameaça que sofre é a destruição de seu habitat, a caça, o fato de as populações estarem isoladas e em declínio. Além do homem, são seus predadores a sucuri e a onça. O Zoológico de São Paulo possui um casal de T. terrestris

MICO-LEÃO-PRETO: é um primata brasileiro da família Cebidae, encontrado apenas no estado de São Paulo, vive em florestas secundárias e primárias de seu habitat. Redescoberto, mas com perigo de se extinguir. Até 40 anos atrás, todo o Pontal do Paranapanema, que fica no sudoeste do estado de São Paulo, era coberto por florestas e protegido por lei. É nessa área que pasta o maior rebanho do Estado. A única mancha verde que sobrou num raio de mais de 300 mil hectares é o Parque Estadual do Morro do Diabo, onde vivem quase todos os micos-leões-pretos que existem no mundo. Das quatro espécies, é o mico mais ameaçado. Considerados extintos por mais de cinqüenta anos, os micos-leões-pretos foram redescobertos em 1971 pelo professor Aldemar Coimbra Filho. Nos 34 mil hectares do Parque, cerca de 800 micos convivem com sagüis, bugios e macacos-pregos.